Façamos o que diz o Profeta: «Disse eu: vigiarei os meus caminhos para não pecar com a língua; pus guardas à minha boca, emudeci, humilhei-me e abstive-me de falar mesmo de coisas boas» (Sl 38, 2-3). Nisto mostra o Profeta que, se devemos algumas vezes abster-nos até de conversa boas, por amor do silêncio, quanto mais não devemos evitar as palavras más...
Por conseguinte, dada a importância da virtude do silêncio, raras vezes se conceda aos discípulos, ainda que perfeitos, licença para falar, embora de coisas boas, santas e de edificação , pois está escrito: «Falando muito, não evitarás o pecado» (Pr 10, 19); e noutro lugar: «A morte e a vida estão em poder da língua» (Pr 18, 21)...
(Do cap. IV da Regra do Patriarca Bento)
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