Um jovem monge que residia nas Célias perturbava-se na sua solidão. Foi pois procurar o Abade Teodoro de Ferma, e referiu-lhe isto. O ancião respondeu: «vai, humilha a tua mente, sê submisso e vai para junto dos outros». Passado algum tempo, o jovem voltou a procurar o ansião e disse-lhe: «nem junto dos homens tenho sossego». Perguntou o ansião: «se nem na solidão nem na convivência com os outros encontras sossego, porque saíste de casa para abraçar a vida monástica? Não foi para suportar as tribulações? Diz-me agora: há quanto tempo trazes o hábito?» Respondeu o irmão: «há oito anos». Continuou o ansião: «em verdade, tenho setenta anos de hábito, e ainda não encontrei repouso um só dia; e tu, depois de oito anos, queres ter sossego?» Tendo ouvido isto, o jovem monge, fortalecido, voltou para a sua cela.
(De um antigo apoftegma monástico)
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