Um camponês, indo para a taverna encontra-se com um monge:
C-- Eu acho louvável a vida de um monge, mas às vezes eu penso que deve ser muito difícil viver no mosteiro sem nenhuma diversão.
M-- Diga-me então como faço para me divertir.
C-- Não basta dizer. Seria bom se o senhor me pudesse acompanhar, mas creio que não conseguirá entrar no ambiente impuro de uma taverna.
M-- Não se preocupe, eu o acompanharei.
Os dois foram então à taverna. Ao entrar, houve um constrangimento geral. O monge sentou-se no lugar que o camponês indicou, numa mesa com vários amigos seus. O monge, percebendo o constrangimento, disse:
-- Façam de conta que não estou aqui.
Pouco a pouco, as conversas começaram e logo o ambiente voltou à sua normalidade. Todos bebendo, rindo e conversando. O monge começou então a participar das conversas, a rir das piadas, mesmo das que faziam referências aos monges e à sua vida frugal do mosteiro. Por fim ele mesmo contou algumas anedotas de monges.
Ao cair da noite, o camponês, a caminho de casa, disse:
-- Irmão, o senhor surpreendeu-me. Não pensei que soubesse como se divertir.
O monge respondeu:
-- No templo eu oro, na taverna eu me divirto.
Não é isto que faz o homem comum?
Então, o homem comum é um monge.
(Autor anónimo)
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